quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Muitas razões para dizer não a vacinação contra o virus Influenza A (H1N1)


Não é novidade para ninguém, a total falta de limites, quando se pensa em ganância, com  a qual as grandes indústrias farmacêuticas encaram a possibilidade de lucro. Já trabalhei como colaboradora de um grande laboratório farmacêutico e vi, mesmo vivenciando pouco apenas  do patamar periférico de atuação desse tipo de organização que, visando as metas dos exorbitantes lucros que sempre conseguem, são capazes de qualquer coisa. Aprendi cedo a nunca confiar nas grandes indústrias, principalmente as farmacêuticas. O que me preocupa nisso tudo, é saber que eles conseguem facilmente a compactuação dos governos nesses esquemas, liberam medicamentos com testes forjados  e colocam em risco a saúde de milhares de pessoas em função de seus lucros. Não duvidaria nada, se o ressurgimento de doenças ou aparecimento desses novos microorganismos mutantes, não aconteceram e acontecem por intervenção humana. Nos grupos de pacientes que acompanhava, sempre surgia essa questão, muitos davam risadas e encaravam tudo como história mirabolante ou lendas urbanas típicas, fruto de teorias conspiratórias, mas sei que essa dúvida sempre ficava no ar, principalmente por eles terem se tornado vítimas de uma dessas doenças de surgimento duvidoso. Voltando ao caso da Influenza pelo vírus A (H1N1), decidi não tomar a vacina e orientei todos os familiares e amigos a fazerem o mesmo.  Não sou a única a considerar essa nova vacina uma potencial causadora de doenças graves num futuro próximo ou bem distante (esse talvez, pode ser o pior problema). A seguir estou postando um alerta que a Fiocruz emitiu em agosto.

Pressa na produção da vacina contra Influenza A (H1N1) pode oferecer riscos à saúde

13/08/2009
A emergência no desenvolvimento de uma vacina eficaz contra o vírus da gripe A (H1N1) pode acarretar na supressão de importantes fases de testes que avaliam a segurança do imunizante. Além disso, o procedimento usado no desenvolvimento da vacina contra a atual pandemia de influenza pode trazer riscos de câncer aos indivíduos. O alerta foi feito por Wolfgang Wodarg, respeitado especialista em saúde pública da Alemanha e membro da Comissão de Saúde do Parlamento Europeu. Para o pneumologista, os testes clínicos estão sendo realizados através de métodos rápidos mas pouco testados, num período muito mais curto do que o habitual - um ano.

O processo usual na produção de imunizantes é concebido através da cultura em ovos de galinha. O método é seguro mas lento porque cada ovo fornece uma dose. A preocupação de Wodarg tem como alvo a vacina produzida pelo laboratório Novartis, desenvolvida por cientistas da Universidade de Marburg, na Alemanha, e é baseada no uso de cultura de células cancerosas de animais. Com esta técnica, é possível fazer em uma semana cerca de cinco milhões de doses. O processo de testagem começou há duas semanas, e Wodarg afirma que na correria para disponibilizá-la será apenas possível saber se ela causa alergias. Para investigar o risco de câncer, é preciso tempo.

- As células estão infectadas com o vírus. A técnica é mais rápida porque esse tipo de célula se multiplica muito, e depressa, o que acelera a produção de doses. Mas se houver impureza, essas células poderiam causar câncer. Precisamos descartar esse risco.

O diretor do Instituto de Virologia da Universidade de Marburg e chefe da equipe que desenvolveu a vacina da Novartis, Stephan Becker, defende o método utilizado e admite os riscos, mas afirma ser "a única forma de obter milhões de vacinas numa pandemia". Além da Novartis, outros laboratórios também estão se mobilizando no desenvolvimento de uma vacina, como a GlaxoSmithKline, Sanofi-Pasteur e CSL. No Brasil, a Fundação Instituto Butantan recebeu a cepa do vírus H1N1 para a produção de uma vacina. Segundo o presidente da instituição, Isaías Raw, a cepa foi enviada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e serão fabricadas, inicialmente, 30 milhões de doses. A inteção é distribuir a vacina em janeiro de 2010. O Ministério da Saúde também negocia com o Sanofi-Pasteur a importação de 17 milhões de doses.

Especialistas enxergam a corrida na produção de vacinas como uma forma de alimentar interesses dos grandes laboratórios. No ano de 1976, a tentativa de imunização às pressas nos Estados Unidos contra uma possível pandemia de influenza H1N1 causou mais transtornos do que benefícios. Milhares de pessoas desenvolveram reação vacinal e houve vários relatos de síndrome de Guillain-Barré, doença rara que afeta os nervos.

Enquanto as dicussões a respeito da segurança das vacinas contra o H1N1 acontecem, a gripe suína vem gerando lucros exorbitantes às receitas do laboratório Roche, responsável pela comercialização do Tamiflu. Desde o surgimento da doença em abril, a compra do medicamento triplicou, alcançando cerca de US$ 930 milhões em vendas em farmácias e estoques feitos por governos no mundo inteiro. Uma projeção divulgada pela Roche estima que o Tamiflu alcance quase US$ 2 bilhões de dólares em vendas até o fim do ano.


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